Os jogadores mais casca grossa do Santos | de A a Z

A gente ia fazer uma lista dos dez mais, mas sobraram jogadores Thug Life, aí decidimos fazer uma mini enciclopédia de A a Z com os mais casca grossa do Santos. Seja por ter um perfil firme, uma estilo thug life ou ser doido mesmo, vamos aos nomes, lembrando que a letra L tá guardada pra você, Leandro Donizete!





ALMIR PERNAMBUQUINHO (1963-65):
Cracaço, foi decisivo na final do Mundial de 63, só que também gostava de uma briga. Chutou a cabeça do goleiro do Milan na decisão, tirando sangue.

ANDRÉ LUIS (2000-2004):
Exímio marcador no jogo aéreo, André Luis tinha um caso curioso com o seu pé, que ele não conseguia deixar sossegado. Primeiro com a patada certeira nas cobranças de falta, mas quando despertava seu lado lutador de tae-kwon-do, o pé voava na cara dos outros sem dó. O bizarro é que o André jogou vinte anos com um caco de vidro preso no pé (é sério, pode dar um Google), e o médico não disse nada sobre parafuso solto na cabeça... Tretou com a polícia paraense, quando as autoridades invadiram o campo do nada numa confusão com o Paysandu, em 2002 [leia mais no texto do zagueiro Preto].



ARGEL (1998-99):
Se o Argel já é aguerrido e desequilibrado como técnico, imagine jogando? Em 1999, jogou seis meses no Santos antes de ir pro Porto, e conseguiu ser expulso em quatro jogos.

ÁVALOS (2004-07):
Esse aí os narradores e comentaristas fizeram a festa, fazendo todo tipo de trocadilho com cavalo. E era igual um cavalo mesmo! Dava bordoada de lado, de frente, de costas. Não perdoava ninguém!

BILÚ (1920-33):
Dizem que ele era o "rei do carrinho", não aceitava perder e foi excluído de campo no primeiro jogo com expulsões para o Santos (cartão vermelho nem existia), numa confusão em que fomos goleados pelos gambás com ajuda da arbitragem. Isso em 1920...

CALVET (1960-65):
No Santos de Pelé, alguém tinha que dar umas sarrafadas de vez em quando, principalmente naqueles jogos duros no interior de SP ou da Libertadores. O zagueiro Calvet era esse cara, e é a prova de que um jogador que sabe medir a forma de chegar, pode ser cascudo e craque ao mesmo tempo.

CLAUDIOMIRO (1998-2001):
Era especialista em duas funções. Zagueiro e volante? Não! Cometer pênalti e ser expulso. Foi expulso em sua estreia, em clássico, jogo comum, jogo decisivo, jogo que não valia nada, até amistoso.

CLEBÃO (2002):
Com sangue nos olhos, Clebão era um cara controlado, por que com o tamanho que tinha, se desse uma mais forte, o atacante voava! Aí o jeito era primeiro meter medo, e aí se não tivesse jeito: a pancada.





DINHO (1994):
Esse era especialista em voadora e comandar o time dentro de campo. O pernambucano gostava de chegar firme e colocar aquela energia a mais na base do grito, da vibração.

DUNGA (1986):
Era jovem quando jogou no Santos e não sabia dosar entradas desleais. Tanto que foi expulso dando três cacetadas em um palmeirense, durante um clássico em 1986.

DURVAL (2010-13):
Intimidar sim, render-se jamais! Esse podia ser o lema de Durval. Verdadeiro cabra macho da Paraíba, o cangaceiro começava intimidando com a cara de mal, depois partia pra batata da perna e terminava na canela, quando fosse preciso. Como todo mundo sabe, nunca sorriu em toda sua trajetória como jogador... e também como ser humano.



FÁBIO COSTA (2000-03/06–13):
Como um bom baiano arretado, Fábio Costa era inquieto. Se não dava pra gastar energia com as pontes ou defesas impossíveis que fazia, Fábio tinha que sair do gol pra criar caso ou arrumar treta, e de quebra uma expulsão.

FREDDY RINCÓN (2000-01):
Excelente desarme e pavio curto, é o melhor modo de resumir Rincón na marcação. Se o atacante driblava muito, o colombiano ficava nervoso e saía chutando mesmo, não queria saber. Foi expulso em sua estreia...

GALVÁN (2000-02):
Até hoje ninguém sabe que esporte o Galván praticava. Afinal, se futebol se joga de pé, porque o argentino só jogava deitado? Acho que ele gostou tanto do tapete da Vila, que se divertia deslizando na base do carrinho.

MMALISON (2011-16):
Um dos poucos da geração mais recente que não é muito suave, Alison gosta de abrir a caixa de ferramentas e vibrar com entradas mais firmes, tanto que ganhou esse apelido de MMA-Alison. Perdeu espaço por conta de lesões, e agora foi emprestado ao Red Bull Brasil.



NARCISO (1994-98/2000-05):
Um zagueiraço, Narciso era um defensor com repertório completo. Desarmava, era ótimo no jogo aéreo, acompanhava bem o atacante, dava carrinhos com precisão, e se fosse necessário, também dava uma ou outra pancada.

ODVAN (2002):
Foi esse aí que gerou a expressão "zagueiro zagueiro", do pofexô Luxa. Era grosso! E imagine que ele fez trio de zaga com Preto e Clebão, com carta branca do Celso Roth pra enfiar o pé.

PAULO ALMEIDA (2001-04):
Se fosse lutador, o apelido seria "cachorro louco", por que marcava mordendo o calcanhar. E ninguém esquece dele quando meteu o louco e deu cartão amarelo pro juiz na final da Libertadores 2003...



PAULO RÓBSON (1983-87):
Paraense invocado, o lateral-esquerdo tinha habilidade, mas não costumava deixar os pontas-direitas avançar com facilidade.

PEREIRA (2001-05):
Da linhagem dos lutadores de muay thai no futebol, Pereira gostava de disputar uma jogada com o pé acima da cabeça.

PRETO (2000-2004):
Cara, o Preto deve ser aquele cara que chegava em casa no Maranhão e a mãe falava: "Preto, seu problema são suas más companhias". Ele nem era um zagueiro criador de caso, mas jogando com Claudiomiro, Galván, Pereira, Odvan, devia se inspirar, e partir pra cacetada e a desordem. Levou a pior na confusão coma polícia paraense, em 2002, quando tomou uma porretada e apagou dentro de campo.

RICARDO ROCHA (1993):
Assim como Durval, Ricardo Rocha fazia o estilo cangaceiro, e começava a intimidar usando a falta de sorriso e um bigode de policial dos anos 80 pra apavorar os rivais. Titular da Seleção em tempos de Santos e oposto da choradeira de David Luiz ou Thiago Silva, Ricardo Rocha é famoso pelo meme: "te sento essa taça, zagueiro baitola".

RILDO (1967-72):
Um dos maiores laterais-esquerdos da história do futebol brasileiro, Rildo sabia chegar firme e não aliviava pra cima de jogador abusado.

SERGINHO CHULAPA (1983-84/86/89-90):
Antes de julgar, tem que entender o Chulapa... Ex-jogador da várzea, forte, com 1.95m, numa época com poucas câmeras, em que abaixo da coxa era tudo canela... A pequena área? Não tinha grama ou virava lamaçal... Em um cenário desses, no papel de centroavante, Serginho via uma necessidade de se impor. E naquela geração da década de 1980, muita gente gostava de uma confusão, em todo o futebol brasileiro. Mas podes crer que Serginho fez muito mais gols do que arranjou briga.



URUBATÃO (1954-61):
Imaginem, só esse nome já devia assustar os rivais... Disputando posição com Zito, Urubatão não deixava brechas, e sabia aliar precisão e disposição, até por que como ele mesmo dizia: "a história não fala dos covardes", como relata o livro Santos: 100 Anos, 100 Jogos, 100 Ídolos.

XERIFE DOMINGOS (2004-09):
Digamos que Domingos era adepto do futebol arte: arte marcial mista. Reza a lenda, de que Domingos veio jogar no SFC, achando que a sigla era de Santos Fighting Championship. Entre essas e outras brincadeiras, o xerife pegou essa fama por brigar com Diego Souza na semifinal do Paulistão, por mandar Adriano Impera-bambi calar a boca (esfregando a mão na cara) e ainda bater de frente com Ronaldo Fenômeno dos Travecos. Em 2009, numa dividinha de leve, Domingos acabou machucando o goleiro Rafael Cabral e foi afastado. Assim né, o Rafael teve uma fratura na perna, mas o zagueiro relata que foi sem querer e que ficou tudo superado. Já é passado e vamos lembrar das coisas boas, né?!





ZÉ ELIAS (2004-06):
Pra você fã do Resenha ESPN, deve conhecer bem o Zé Elias. A galera sempre brinca com ele, por causa de seus carrinhos, que variavam de acordo com a maldade do rival. Se fosse um pouco mais violento, escorregava com força.
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